A questão, que à partida parece fútil e desinteressante para toda a comunidade científica não deixa no entanto de ser pertinente traze-la aqui pela presente inquietação e dúvidas que suscitam a alguns Humanos, pela importância que é dada aos contemporâneos sobre o receio de uma invasão hostil de Marklianos que tenha o firme propósito de, uma vez instalados confortavelmente cá na Terra, venham a dominar os nossos costumes comummente aceites e subjugar os valores de conduta moral e ética que há muito adoptámos como regras de civilidade.
Quanto a mim, embora me pareça importante que se esclareçam com clareza e sem subterfúgios o que por cá andam a fazer acho que, a confirmar-se a inocência que dizem ter, não vejo fundamentados os receios que por aí se propagam.
Até porque o único exemplar conhecido e declaradamente identificado com esse planeta, que ficou muito conhecido por ter mordido num cão quando aqui aterrou de pára-quedas, demonstra ser inofensivo. Embora, muito compreensivelmente, ainda haja nele resquícios dos instintos primários comuns a todos os MARKLIADOS, que quando lhes tocam no Ego, reagem de imediato apresentando sintomas de grande descontrolo psíquico e agressividade gratuita.
Mas não há que ter medo, repare-se que até a aparência física do indivíduo é bastante agradável; longe da imagem romântica, embora aterradora, do imaginário colectivo que todos temos dos extraterrestres. Este, que diz ser do planeta Markle, não parece ter a cabeça Oval, nem aqueles dois orifícios muito redondinhos em vez de nariz, não é todo pelado e nem sequer tem os olhos amendoados. Vá lá, a única coisa que tem, e que, por acaso também é do domínio colectivo, são as duas antenas… A Antena 1 e a Antena 3!
Repare-se que até a voz é agradável, apesar de atropelar tudo e todos por causa do vil metal, a voz não lhe sai metalizada. Reconheça-se-lhe o esforço. Longe vão os tempos em que ansiava ser um super-herói, um tal CAPITÃO TITÂNIO, a quem “…bastava comer um rebuçado de titânio para arranjar coragem para defender os pobres e injustiçados e o modo de vida português!”…
O que me parece que ainda hoje se mantém dos velhos tempos do CAPITÃO TITÂNIO é o inovador sistema “ECO-LITERÁRIO” que ele arranjou para se exprimir (in: “O regresso do Homem que mordeu o cão”, ed. Texto Editora / 2003): “… Eu sou o CAPITÃO TITÂNIO…TITÂNIO… ÂNIO… ânio… ânio…”, digo que ainda hoje se mantém porque, este senhor de Markl, numa mensagem recente que colocou no BLOG do seu planeta: http://havidaemmarkl.com/ a que deu o título ALELUIA, usa a mesma forma de falar… CARLOS… CARLOS… CARLOS… CARLOS… CARLOS! Em resposta a Carlos Castro que, depois de ler a carta que eu escrevi à empresa Produções Fictícias onde, de forma até bastante elegante, expunha a minha indignação pela forma indecorosa como a Série “AS Lições do Tonecas” Foram tratadas no Programa “Divinas Comédias” [que nem o nome dos protagonistas: Luís Aleluia e Morais e Castro tiveram a dignidade de dizer, confirme-se em www.rtp.pt
No entanto, apesar da pequena crónica do Carlos Castro ser do dia 8 e do artigo do 24 Horas de grande destaque, ser do dia 9, o senhor de Markl, que só escreve no dia 11, prefere não fazer qualquer referência ao jornal 24 Horas, para se “atirar” apenas ao Carlos Castro. Mas… Porquê?... Só depois é que me veio à ideia aquele anúncio do “JUMBO” onde entram algumas personagens fictícias, salvaguardado o respeito, naturalmente...
MACACO (coçando a cabeça) – “Ora… Porque é mais fácil “MORDER” num só, que “ROER” um jornal inteiro, ainda mais pertença de um grande grupo empresarial…”
JUMBO: - Tu és MACAAAAAAACO!
Agradecer-lhe em primeiro, a atenção que o Senhor de Markl demonstra com a preocupação das qualidades técnicas e deficientes do meu advogado.
Diz este senhor de Markl: “… tenho pena do advogado de defesa que havia de lhe sair na rifa..."
Nesse ponto pode ficar descansado que o meu advogado de defesa não é o Carlos Castro, será quanto muito uma testemunha entre centenas. E também já percebemos que nesta matéria a minha defesa não pode ser entregue a qualquer advogado fictício, pelo que, desde já, me escuso de lhe pedir opinião. No entanto, por deferência com o seu cuidado, prometo-lhe que será dos primeiros a tomar conhecimento de quaisquer procedimentos que julgue necessários empreender.
Resolvida a questão da defesa e, com o meu mais sincero pedido de desculpas por relegar para segundo plano, o agradecimento pelo rasgado elogio que faz logo no início da mensagem às minhas qualidades profissionais, tenho a dizer-lhe que fiquei bastante sensibilizado e posso até confidenciar-lhe que o respeito é mútuo, já que também lhe encontro inegáveis qualidades profissionais.
Diz o senhor de Markl que, "embora não se revendo no meu estilo de humor sempre me achou e, continua a achar, um excelente actor..."
Agradeço-lhe muito Senhor de Markl, não o elogio que me faz, que sei que é do fundo do coração, mas a coragem de o declarar publicamente. É que assim fica explicado porque é que mais de 20 anos de colaboração em programas da RTP, que não se limitam às “Lições do Tonecas”, como muito bem sabe, mas em dezenas de outros programas de humor http://www.luisaleluia.pt/
Havia que esconder… Para ninguém ver!.. não fosse alguém se lembrar que ao Povo costumo agradar!
Aproveito também e já agora, para agradecer ao senhor de Markl a magnífica carta que publicou na blogosfera. E que em tudo, ponto por ponto, vem dar razão às considerações que teço sobre o Programa “Divinas Comédias”… Olhe que até parece de encomenda! A minha agente não faria melhor!
Diz o senhor de Markl que a história da comédia é vasta e o tempo era curto?
Se a ideia é vossa… Se a Produção é vossa... A responsabilidade da gestão do produto é vossa! Afirmar que a história da comédia é vasta e o tempo era curto, está a denunciar que a empresa Produções Fictícias se revelou incapaz de dar cumprimento a um projecto pelo qual recebeu contrapartidas financeiras de uma Empresa Pública - a RTP, certo?
Sobre “As Lições do Tonecas”, ostensivamente distratada na Séria “Divinas Comédias”, que nem os nomes dos actores ou sequer do autor disseram:
Diz o Senhor de Markl que o texto que narrou sobre as Lições do Tonecas foi assim:
“A série recuperava o espírito do original, trazendo para a actualidade o aluno irrequieto e o professor desesperado, interpretados por Luís Aleluia e Morais e Castro”.
Ora isto não é verdade e não sendo verdade é… É mentira! E se foi este o texto que você marrou (s.m. [acad.]Decorou / Dic. Porto Editora) não foi este que na Série você narrou. Assim, em vez de pedir ao Carlos Castro para rever as aulas dele, reveja você as suas… O que lá está dito, é o seguinte:
“Uma surpresa de 1996… Quem diria que um clássico da rádio dos anos 30, escrito por José de Oliveira Cosme e interpretada por Vasco Santana e transformada num dos maiores best-sellers do humor nacional iria transformar-se numa das mais populares sitcoms dos anos 90”. É diferente, não é?!
Ainda sobre o pouco tempo disponível para fazer da série um trabalho Sério.
Diz o senhor de Markl que também, por falta de tempo, não referiram importantíssimas figuras do humor: José Viana, Óscar Acúrcio, Victor Mendes, Max, Florbela Queiroz, Maria Vieira entre outros.
O senhor de Markl como não é de cá, muito provavelmente não calcula a gravidade destas suas declarações. Então a RTP que é uma empresa pública aceita pagar e emitir um trabalho sobre o humor que um dos autores vem agora declarar ser defeituoso?
E já agora, senhor de Markl quando diz …”blá blá…blá… Entre outros…”
Calculo que “entre os outros” a que se refere esteja um grande actor da minha geração, o senhor José Raposo, que na SIC e sobre a direcção e realização de Jorge Marecos, protagonizou com bastante sucesso “A Pensão Estrela”. Calculo que não tenha entrado por também não ser uma estrela que do vosso firmamento. Diz ainda o senhor de Markl: e "até achamos por bem apagar por inteiro qualquer referência ao “Homem que mordeu o cão”, na TVI, que até tinha um share bem jeitoso."
Olha que pena! Sinceramente tenho pena. Até porque era um programa de culto!...
Diz o senhor de Markl que as “Divinas Comédias” foi a celebração do humor nacional e uma oportunidade para o espectador rever e redescobrir material há muito arredado da televisão.
Então e agora? E se por caso as Produções Fictícias se lembrarem de começar a fazer para aí celebrações a torto e direito?! Começaram por celebrar o humor… Depois vão celebrar os documentários… Depois vão celebrar as touradas… Depois vão celebrar as Tele-culinárias… Depois vão celebrar os jogos do Benfica… E já que é tudo para o telespectador poder rever e descobrir material há muito arredado da televisão…
Porque é que ainda ninguém se lembrou de inventar o Canal Memória?! Até podíamos por o Dr. Nuno Artur Silva como Director de Programas!… Finalmente!
E embora o Final... Mente, o início é esclarecedor:
Diz o actor Raul Solnado logo no primeiro episódio (… Texto vosso…)
“… O que eu sei é que eu fazia isto tudo muito melhor… Sozinho!”
Fazer, fazias... Mas nunca te deixaram!
Luís Aleluia
Nota: Apesar de neste texto se fazer referência ao JUMBO, eu sou muito mais conhecido no Continente!