Falo, naturalmente do Programa “AS LIÇÕES DO TONECAS” que, em bom rigor, deveria chamar-se: “As NOVAS Lições do Tonecas” já que embora o original de José de Oliveira Cosme tivesse já experimentado o sucesso através da rádio nos anos 40, o Tonecas veio a ganhar um novo fôlego e viu aumentado consideravelmente o seu número de fãs, com uma nova estrutura narrativa criada por Manuel Correia que também foi o autor dos mais de 180 episódios que a Série teve ao longo dos 4 anos consecutivos em que liderou audiências e foi um “Ás” de trunfo na complexa guerra da indústria da televisão.
O feedback da Série ultrapassou em muito o que seria considerado razoável e expectante para um País como o nosso e para um produto desta natureza tendo-se destacado pela implantação a nível Global, beneficiando das retransmissões realizadas através da RTP-internacional, e da RTP-África. As “Lições do Tonecas” cruzaram Oceanos e implantaram-se com o mesmo impacte em milhões de lares, atingindo níveis de audiência nunca antes alcançados; a Série era vista tanto pelos portugueses espalhados pelos cinco Continentes, pelos povos africanos de expressão portuguesa, como também por milhões de emigrantes brasileiros que encontravam a RTP-i como alternativa de contacto com a sua língua materna. E talvez por isso, o fenómeno tenha chegado também ao Brasil, onde já em muitos lares se procurava a RTPi para assistir às “Lições do Tonecas”.
Estes e outros factos relevantes sobre a importância deste Programa nunca foram protegidos nem exultados como vitórias da indústria do audiovisual e da nossa Cultura popular, pelo contrário, temos assistido continuadamente a um aviltante esforço, por parte dos responsáveis (?) da RTP de apagar este Programa da nossa memória colectiva.
A importância do impacte popular do Programa “As Lições do Tonecas” não deixou ninguém indiferente. Recebi e continuo a receber afectos e ódios. Afectos vindos das mais variadas proveniências de longe e de perto, de velhos e de novos, de brancos e de pretos, de beijos e de abraços.
A importância do impacte popular do Programa “As Lições do Tonecas” não deixou ninguém indiferente. Recebi e continuo a receber afectos e ódios. Afectos vindos das mais variadas proveniências de longe e de perto, de velhos e de novos, de brancos e de pretos, de beijos e de abraços.
Ódios, também, sobretudo de quem nunca compreendeu que o sucesso do Tonecas não é meu, não é do produtor, nem sequer já pertence à RTP, é do Povo que o elegeu desde a primeira emissão e o acarinhou sempre e que ainda hoje me “pega ao colo”.
Ouvido de passagem:
- “Pai, pai! Olha quem vai ali, é o Tonecas!...”
Diz o pai, corrigindo-o: – “Tonecas, não!… Senhor Tonecas, porque ele não é da tua idade!”
E dos afectos destaco dois pela grandeza da alma:
Ouvido de passagem:
- “Pai, pai! Olha quem vai ali, é o Tonecas!...”
Diz o pai, corrigindo-o: – “Tonecas, não!… Senhor Tonecas, porque ele não é da tua idade!”
E dos afectos destaco dois pela grandeza da alma:
Da Dona Amália Rodrigues quando me conheceu:
“É você é que faz de Tonecas?... Como é que você se consegue “esconder” atrás de uma criança?!”
“É você é que faz de Tonecas?... Como é que você se consegue “esconder” atrás de uma criança?!”
Em carta recente do Dr. Almeida Santos, que muito admiro e de quem sempre recebi a melhor atenção, diz-me:
“… Talvez um dia as “Lições do Tonecas” sejam retomadas como programa de televisão, com outro professor e outro aluno. Nessa altura, talvez se diga que o primeiro Tonecas tinha mais graça do que o segundo. Será difícil repetir o seu êxito.”
Ah! Claro... E se alguém, algum dia, por ventura, se chegar à frente e fizer uma retrospectiva do humor nacional, tenho a certeza absoluta de que “As Lições do Tonecas”, com os actores Luís Aleluia e Morais e Castro entrarão directamente e com o grande destaque que lhes é devido, para a galeria dos Programas de televisão mais vistos em toda a década de 90.
Boa tarde Luís.
ResponderEliminarFoi um enorme orgulho hoje ter descoberto este blog. É uma honra para mim,estar em contacto com o actor que tanto me fez rir e ensinar em criança sobretudo com o mitico Tonecas.
É inacreditável, um actor com o seu talento,que tanto deu á televisão, estar afastado da tv (bem como o seu amigo Guilherme Leite)e ainda por cima como autor ver constantemente rejeitado projectos (honestamente, eu se fosse director de programas,não teria dúvidas em apostar nesses projectos,mas enfim...)
Por todas estas injustiças e não só, eu gostaria de fazer-lhe um convite :
Seria uma honra Tentar fazer-lhe uma entrevista via mail( digo bem tentar,porque não sou jornalista,nem sequer estudo nesse area).Seria colocada no meu blog(http://television.blogs.sapo.pt -está desactualizado já uns bons meses,mas pretendo activá-lo novamente)
Se for possível o meu endereço:
televisionblogs@sapo.pt
João
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar